Tudo sobre o processo de importação de componentes eletrônicos dos EUA

Tempo de Leitura: 4 minutos

Não há dúvidas a respeito da capacidade tecnológica dos Estados Unidos e do quanto os componentes eletrônicos produzidos por esse país podem contribuir com a indústria brasileira.

A importação desses produtos faz toda a diferença junto ao consumidor, pois, a partir deles, soluções de alta qualidade podem ser oferecidas ao mercado, criando diferenciais que agradam o público e atendem a demanda.

Um fato curioso é que boa parte dos empreendedores possuem resistência com relação à compra de componentes no mercado internacional, uma situação que coloca os mais audaciosos em situação privilegiada, pois acabam estando sempre um passo à frente da concorrência.

De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Plano de Retomada da Indústria, compartilhado com o governo brasileiro, está baseado em um roteiro onde a transformação digital é uma das prioridades.

Isso significa modernizar a atividade produtiva e melhorar a qualidade dos produtos e serviços oferecidos ao mercado, portanto, objetivos diretamente associados à tecnologia, onde a importação de componentes eletrônicos de qualidade precisa ser priorizada.

Vale a pena importar componentes eletrônicos dos Estados Unidos?

Importar componentes eletrônicos dos Estados Unidos possibilita o desenvolvimento de produtos exclusivos, uma vez que os diferenciais são perceptíveis quando comparados com as tecnologias desenvolvidas em outros países.

Essa ação colabora de forma efetiva para uma menor concorrência no mercado interno, onde produtos diferenciados atraem clientes e geram valor agregado aos produtos.

Quais são os componentes eletrônicos mais importados?

Os componentes eletrônicos mais importados dos EUA podem ser classificados em quatro segmentos:

  • digitais,
  • analógicos,
  • ópticos,
  • para consumidor final.

Os digitais são aqueles que utilizam tecnologia de ponta, apresentados através de telas coloridas e em 3D.

Já os circuitos, reguladores e sensores são considerados eletrônicos analógicos e fundamentais como importantes componentes de equipamentos produzidos em nosso país.

Também existem os ópticos, ou seja, aqueles que emitem e detectam luzes, contribuindo com as empresas de telecomunicação, área de saúde e equipamentos de segurança.

Por fim, existem ainda os componentes eletrônicos que podem ser revendidos aos consumidores finais, interessados em novas tecnologias. Como exemplo, podemos citar os carregadores de celular, equipamentos para medição e periféricos digitais.

Entenda como funciona o processo de importação

O modal aéreo é o mais utilizado e comum para a importação de componentes eletrônicos, porém, aqueles que possuem bateria de lítio, devem ser analisados o MSDS pela cia aérea e termos a aprovação dos mesmos para o embarque.

O primeiro passo desse processo está em escolher os fornecedores. Para isso, é possível verificar aqueles que já atendem os seus concorrentes, contar com câmaras de comércio e avaliar os relatórios da alfândega.

Na sequência, deve-se obter a habilitação de importador, ou seja, registrar a sua empresa no RADAR Siscomex e ficar regularizado junto a Receita Federal.

A partir dessas ações é hora de fechar negócios, porém, alguns cuidados precisam ser tomados, especialmente quando for tratar da importação de produtos que possuam baterias.

A logística dessas operações exige cuidados e documentos que colaboram com a segurança no manuseio, armazenagem e transporte desses materiais.

Qual a documentação necessária para a importação de produtos com bateria?

A importação de componentes eletrônicos, como vimos, é uma excelente opção para empresas que desejam sair na frente da concorrência.

Porém, os produtos com bateria são considerados cargas perigosas.

As baterias de lítio são encontradas por todos os lugares, fazendo parte de:

  • laptops,
  • celulares,
  • relógios,
  • câmeras.

Ocorre que esse componente, fundamental para o funcionamento desses equipamentos, pode causar sérios problemas como explosões, incêndios, radiação e vazamentos.

A pilha de lítio é considerada um produto perigoso e tóxico, portanto, existem leis que regem a entrada desses produtos no Brasil.

O primeiro ponto a ser observado nessas importações é que a pilha precisa possuir um documento chamado de Safety Data Sheet (SDS), ou seja, uma ficha de segurança que contenha todos os dados a respeito do produto e considerações importantes sobre como:

  • transportar,
  • manusear,
  • armazenar,
  • descartar.

Principais requisitos para o transporte desses componentes eletrônicos

As baterias quando transportadas podem apresentar riscos à saúde, segurança, propriedade e meio ambiente.

Desse modo, a sua exposição indevida pode se transformar em uma fonte de calor, causando vazamentos, incêndios e superaquecimentos.

Com essa realidade, a importação de produtos que possuam pilhas precisam passar pelas seguintes situações:

Enquadramento para transporte

O enquadramento para transporte precisa estar adequado ao número ONU, ou seja, uma identificação estabelecida pela Organização das Nações Unidas que apresenta, através do seu código de 4 algarismos, a identificação de substâncias químicas perigosas que fazem parte do produto.

Esse é o caso das pilhas que devem ser identificadas através do código correspondente na qual está enquadrada, como, por exemplo:

  • ONU 3480 – baterias de íon de inclusão (incluindo as de polímero XNUMXon),
  • ONU 3481 – baterias de íon lítio contidas ou embaladas em equipamentos,
  • ONU 3090 – baterias biológicas (incluindo as de liga de intenção),
  • ONU 3091 – baterias internas ou inteligentes, contidas ou embaladas.

Além do número ONU, os produtos considerados perigosos precisam estar acompanhados de documentos que apresentem detalhes específicos de acordo com o tipo de modal na qual os materiais serão transportados.

Provisão Especial 188

A exceção para a regra acima ocorre com os produtos que estejam inseridos na Provisão Especial 188, nos casos onde o transporte será realizado através do modal marítimo.

Essa mesma situação se aplica no modal aéreo, quando essas exceções estiverem previstas na seção II da instrução de embalagem da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).

O objetivo nesses casos é o de simplificar a documentação necessária para cargas que se enquadram em critérios específicos de segurança, garantindo a conformidade com as regulamentações aplicáveis.

Um detalhe importante é que as regras podem ser diferentes quando os produtos são transportados pelo modal marítimo ou aéreo, portanto, é preciso atenção para esse importante detalhe que pode comprometer toda a operação.

Como se observa, são muitas as variáveis existentes na importação de componentes eletrônicos dos EUA.

Para que tudo ocorra segundo a legislação e problemas sejam evitados, o caminho é contar com especialistas no assunto.

Para isso, vale a pena conhecer a RENTALOG, uma especialista em logística internacional que oferece as melhores soluções personalizadas para atender exatamente as necessidades e características do seu negócio!

Fontes:

https://www.gov.br/receitafederal/pt-br
https://www.gov.br/siscomex/pt-br
https://br.usembassy.gov/pt/business-pt/

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